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Vespas: muito a se estudar
Agência Museu Goeldi – As vespas sociais são estudadas pelo Dr. Orlando Tobias, pesquisador da Coordenação de Zoologia, que desenvolveu pesquisa na Floresta Nacional de Caxiuanã. Segundo ele, em artigo em co-autoria com Suzana de S. Silva, “As vespas sociais são notáveis por sua organização social complexa, arquitetura elaborada dos ninhos, e por seu papel em ecossistemas terrestres como predadores de outros insetos e artrópodes”.
Dois jovens pesquisadores, João Paulo P. Rocha e Dalila Portilho Lobo, orientados por Tobias, também estudam vespas. Cada um se dedica a um grupo e se valem da coleção entomológica do Museu Goeldi. Dalila que estuda vespas sociais do subgênero Monogynoecus Richards de Mischocyttarus de Saussure fez a descrição de uma nova espécie. Há na coleção, exemplares coletados no Pará, Amazonas, São Paulo e Minas Gerais.
Os autores afirmam que ainda são poucos os inventários para esses invertebrados e a falta de padronização de protocolos de coleta dificulta a comparação entre os resultados obtidos.
Orientado também pelo Dr. Orlando Tobias, João Paulo desenvolve estudo para atualizar inventário de uma família de vespas, a Ichneumonidae. Mas nem só de coleções se alimentam as investigações. João Paulo, por exemplo, trabalha coletando espécimes em sítios na Região Metropolitana de Belém (RMB).
Pouco estudadas – Vespas da família Crysididae, especialmente as do Brasil, e para a Amazônia, só há estudos de autoria de Adolph Ducke datados do início do século 20. O Dr. Orlando e os bolsistas de iniciação científica que orienta, revisam e consolidam informações sobre o grupo. Ao mesmo tempo em que oferecem novas informações, o grupo trata da informatização do acervo, ênfase de grande parte dos trabalhos de zoologia do 21º Seminário de Iniciação Científica do Museu Goeldi.
Texto: Jimena Felipe Beltrão