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Seminário apresenta pesquisas sobre botânica tropical

Ao longo de todo o dia de hoje (05) e durante a manhã desta sexta-feira (06), serão expostos 20 trabalhos de alunos e ex-alunos do Programa de Pós-Graduação em Botânica Tropical (PPGBOT), uma parceria entre Museu Goeldi e UFRA. O evento, gratuito e aberto ao público, é realizado no Campus de Pesquisa do MPEG, em Belém.
publicado: 05/03/2020 12h34, última modificação: 19/03/2020 14h56

Agência Museu Goeldi – Além de maior biodiversidade do mundo, a região amazônica abriga também a maior floresta tropical úmida do planeta. Pensando nessas duas questões, em 2002 foi criado o Programa de Pós-Graduação em Botânica Tropical (PPGBot), que busca formar pessoas qualificadas na área para atuar no desenvolvimento acadêmico e no subsídio de políticas públicas de conservação da região. Após 18 anos de sua criação, o programa, fruto da parceria entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), segue mostrando sua força, dessa vez com a realização do I Seminário do PPGBOT, que ocorre ao longo de todo o dia de hoje (05) e durante a manhã desta sexta-feira (06), no auditório Paulo Cavalcante, no Campus de Pesquisa do MPEG.

Com o tema “18 anos de ciência e educação na Amazônia”, serão apresentados 20 trabalhos, divididos entre as duas grandes áreas do programa: "Sistemática e evolução de plantas e fungos", voltado para estudos sobre a diversidade vegetal, análises morfológicas, anatômicas, variações genéticas e relações evolutivas de plantas; e "Ecologia, manejo e conservação", que realiza investigações de padrões, processos ecológicos e estudos integrados sobre os ecossistemas amazônicos. “Faremos uma pequena amostra das pesquisas que foram ou estão sendo desenvolvidas nos últimos anos no PPGBot, e, ao final, poderemos vivenciar, através do depoimento dos egressos, o papel deste importante programa de pós-graduação para a Amazônia paraense”, explica Ely Simone Gurgel, coordenadora do programa.

A organização do evento fica por conta de Camilla Barra, Juliene Maciel, Layla Schneider, Raimundo Lopes, Mayara Pastore, Natânia Pereira, Oséias da Silva Junior, Ramille Batista, Wilson Filgueiras Jesiane Cardoso, Lívia Gadelha e Wendel Marques, alunos de mestrado e doutorado do PPGBot.

Aberto ao público, o seminário irá ofertar aos ouvintes certificados com carga horária de 15h. Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail eventosppgbot@gmail.com.

Programação – Hoje (05), a programação inicia com a palestra "18 anos de pesquisa e educação na Amazônia", ministrada pela bióloga e professora Izildinha Souza Miranda. Em seguida, haverá a apresentação dos trabalhos.

Clebiana Nunes será a primeira. A discente trará estudos filogenéticos, morfológicos e taxonômicos em Eleocharis ser. Tenuissimae. Logo em seguida, Fábio Araújo exibirá ao público uma revisão taxonômica do gênero Mendoncia nos neotrópicos.

Fúvio Rubens Oliveira contribuirá com suas pesquisas sobre a Radula Dumort, da família Radulaceae, no Brasil. Já Jesiane Cardoso irá expor sua análise de Malvaceae juss. na Serra dos Martírios-Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, no Pará. O local também será abordado por Karina Nazaré, que estuda nele Cyperaceae Juss. Juliene Maciel trará o gênero Bulbostylis Kunth, da família Cyperaceae, enquanto que Kauê Dias irá expor suas avaliações sobre plantas Poaceae Barnhat na Floresta Nacional de Caxiuanã.

À tarde, Layla Schneider trará ao público alguns estudos filogenéticos, taxonômicos, morfológicos e anatômicos do gênero scleria. Em seguida, Mayara Pastore, com a apresentação de pesquisas filogenéticas e biogeográficas do gênero Maripa. Raimundo Balieiro contribuirá com informações sobre a ocorrência de Poaceae Barnhart na Serra do Cachimbo, enquanto que Gardênia Gomes apresentará aos ouvintes um revisão dos fungos causadores de ferrugem em plantas do clado Magnoliids, na Amazônia. Natânia Pereira apresenta estudos dos tricomas foliares como subsídio à taxonomia de crotoneae e Thamires Oliveira exibe ao público mais detalhes sobre os nectários florais em Serjania paucidentata. Finalizando o primeiro dia, Olívia Ribeiro apresenta seus estudos sobre a conservação de sementes de pracaxi (Pentaclethra macroloba).

Abrindo as atividades de sexta-feira (06), Oseias da Silva, com a caracterização do perfil aromático de Convolvulaceae. Em seguida, Wilson Batista apresenta suas pesquisas sobre a competição intraespecífica de babaçu (Attalea speciosa), sucedido por Camila Barra e sua análise da composição florística arbórea e utilitária dos platôs da Floresta Nacional Saracá Taquara, no Pará. A diversidade vegetal das cangas da Serra do Tarzan, em Canaã dos Carajás também terá destaque com a apresentação de Taiana Silva, assim como os usos da etnobotânica no cuidado da saúde de mulheres em quilombos do estado, exibidos por Dyana Fonseca. Finalizando a apresentação dos trabalhos, Wendell Carvalho traz ao público a variação fenotípica em Curatella americana L., popularmente conhecida como cajueiro bravo.

Para encerrar a programação, será realizada a mesa redonda "o papel do programa de pós graduação em Botânica Tropical na vida dos egressos", com Ana Carla Feio dos Santos, Cíntia da Cunha Soares e Fernando Barbosa Peçanha Junior, antigos discentes de mestrado do PPGBot.

PPGBOT – O Programa de Pós Graduação em Botânica Tropical, desde 2002, ano de sua criação, tem como missão formar profissionais capacitados para atuar na Amazônia. Por meio do programa, os discentes adquirem experiência em projetos de pesquisa e atividades de campo, assim como no desenvolvimento de grandes inventários florísticos, que remontam na região desde 1975 com o projeto Flora Amazônica. “Recentemente este know how foi mais uma vez valorizado, com a participação dos discentes no Projeto Flora e Floristica dos Campos rupestres de cabra da Serra dos Carajás”, conta Ely Simone.

Em 2018, os esforços do programa – avaliado com a nota 4 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – em investir em capacitação de qualidade na região já haviam sido reconhecidos com a aprovação de sua primeira turma de doutorado, feito inédito no Pará.

 

Texto: Karolina Pavão

 

Serviço | I Seminário do Programa de Pós-Graduação em Botânica Tropical

Data: Quinta (05) de 8h às 17h; e sexta-feira (06), de 8h às 12h.

Local: Auditório Paulo Cavalcante, localizado no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi - Av. Perimetral, 1901, Terra Firme.

Mais informações: eventosppgbot@gmail.com

 

Confira a programação completa.