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Agência de Notícias

Danças dos povos no Museu Goeldi

Apresentações de danças das culturas indígena, africana e europeia, e suas ligações com o sacro marcam domingo de comemorações
publicado: 15/04/2013 13h15, última modificação: 13/08/2017 09h48

Agência Museu Goeldi – Na manhã do último domingo, dia 14, aconteceu no Parque Zoobotânico a Roda de Danças Sagradas dos Povos Tradicionais das Américas, pela Organização Não-Governamental Mana-Maní, iniciando a programação de comemorações do Mês dos Povos Indígenas.

De acordo com Déa Melo, focalizadora da atividade, a roda tem por objetivo difundir o significado das danças sagradas e as tradições associadas a elas. “Ao longo de quase 12 anos de pesquisa, eu percebi que as danças dos povos, as tradições dos povos, nos possibilitam um diálogo e uma comunicação real com a vida”, declarou. Além das danças indígenas, sobretudo paraenses, a roda também apresentou danças típicas da África do Sul e de países do continente europeu, como Holanda e Turquia. Uma mistura de ritmos e sons que foi atraindo os freqüentadores do Parque e aumentando a roda de dança.

Para Lívia Negrão, professora de música da Universidade do Estado do Pará e freqüentadora da roda desde 2003, “trazer a dança para o Museu é muito importante para que as pessoas que freqüentam o Parque tenham contato com as tradições e mostrar que não é só a internet que conecta as pessoas com o mundo, mas as tradições também nos conectam”.

Ao final da dança, após a execução da canção “A Cura do Beija-Flor” os participantes tiveram a oportunidade de expor suas opiniões pessoais quanto às sensações experimentadas na execução da roda. Entre sorrisos e olhos marejados a jornalista Joice Santos declarou “hoje eu tive a oportunidade de deixar vários aspectos da Joice  aparecer: a menina, a mãe, a filha, a mulher. Já que no dia-a-dia a gente precisa deixar o nosso lado masculino falar mais alto, é muito bom ter esses momentos de deixar nosso lado feminino prevalecer também”.

Danças circulares – A ONG Mana-Maní é uma iniciativa que destaca a ligação entre corpo, arte, consciência e espiritualidade. Com atuação em Belém e no interior do Pará, desde 2002 vem trabalhando para propiciar a vivência e o diálogo entre a ancestralidade e atualidade, proporcionando cura interior, troca de conhecimento e uma conexão aprofundada com a natureza e o sagrado.

Povos Indígenas – Seguindo a programação do Mês dos Povos Indígenas no Museu Goeldi, amanhã, 16, será aberta a exposição “Preservando a Língua dos Puruborá”. A mostra acontecerá no prédio da Rocinha, no interior do Parque Zoobotânico, e permitirá que o público conheça a pesquisa da linguista, Dra. Ana Vilacy, sobre o resgate e preservação da história e da língua falada por essa etnia,  até então considerada extinta.

Em seguida, os animais que compõe a fauna do Parque Zoobotânico serão apresentados através do vocabulário Puruborá em uma trilha interativa, composta por grupos de 25 pessoas que fizeram agendamento prévio junto ao Núcleo de Visitas Orientadas (Nuvop) do Museu. As trilhas seguirão até o final do mês de abril.

Nos dias 18 e 19 também ocorre a oficina “Qual o segredo da máscara?”, onde professores e estudantes do Ensino Médio e Superior aprenderão na prática a confecção de máscaras indígenas e seus significados míticos e religiosos.

Serviço – Abril, 2013, Mês dos Povos Indígenas no Museu Goeldi acontece entre os dias 14 e 19 de abril. Para informações e inscrições, poderão ser contatadas: Ana Cláudia Silva (acsilva@museu-goeldi.br) através do telefone 3182 3242 e Helena Quadros (hquadros@museu-goeldi.br), 3182 3219.


Texto: Ricardo de Sousa