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Quelônios

publicado 04/07/2018 17h04, última modificação 04/07/2018 17h04

Jabuti-do-pé-vermelho ou Jabuti- Piranga (Chelonoidis carbonaria)

Na América do Sul, essa espécie é encontrada em um amplo território, que compreende da Colômbia até a Argentina. No Brasil, este jabuti já foi registrado na Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. O Jabuti-do-pé-vermelho prefere campos abertos e áreas de gramíneas, mas também ocorre dentro de florestas. Adora a temporada de chuvas e gosta de se enterrar no lodo. O formato de seu plastrão, diferencia machos (côncavo) e fêmeas (reto ou convexo) e facilita sua cópula. Consome grande quantidade de espécies vegetais, atuando como importante dispersor de semente. As principais ameaças à espécie são atividades agropecuárias e uso ilegal. É apreciado como alimento e animal de estimação.

Jabuti-do-pé-amarelo (Chelonoidis denticulata)

Conhecido por seu casco brilhante, é a maior espécie de jabuti da América do Sul – pode chegar até 60 quilos. Ocorre no Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago. No Brasil, está geralmente associada a ambientes úmidos, nos biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. É onívora, alimenta-se de frutos maduros, sementes e matéria orgânica em decomposição. Habita florestas tropicais densas, onde atua como importante dispersora de sementes. Vive em média 80 anos.

Tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa)

Essencialmente aquática, é encontrada no rio Amazonas e seus afluentes. A tartaruga-da-Amazônia é considerado o maior quelônio de água doce da América do Sul, podendo atingir 1,50 metros de comprimento. As fêmeas desta espécie põem cerca de 60 a 100 ovos nas praias. É uma espécie onívora, come vegetais, peixes, camarões e outros pequenos animais que costumam habitar em rios e lagos onde vivem. Durante a estação chuvosa, adentra nas florestas alagadas para aproveitar frutos e sementes que caem na água. Na estação seca, vão para os rios em busca de praias arenosas que se formam nos cursos médios e baixos para reproduzirem-se. A espécie possui um único período reprodutivo anual e as fêmeas depositam uma única ninhada por temporada reprodutiva.

Cabeçudo (Peltocephalus dumerilianus)

É encontrado nas Bacias Amazônica e do Orinoco, no sudoeste da Venezuela, leste da Colômbia, nordeste do Peru, na Guiana Francesa e Brasil. Esta espécie de tartaruga prefere os meandros dos rios e canais do sistema de águas pretas, mas, em menor proporção, também é encontrada nos rios de águas brancas e claras. Gosta de ambientes florestados. A espécie desova nas areias secas na floresta de igapó e mata de terra firme próxima ao igarapé. O tamanho médio de sua ninhada é de 14 a 15 ovos.

Tracajá (Podocnemis unifilis)

Ocorre no Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Guiana, Guina Francesa e Suriname. No Brasil, ocorre em todos os estados da Região Norte e nos estados de Goiás e Mato Grosso. O tracajá vive em grandes rios, lagos, pântanos, brejos e lagoas, e em rios de águas brancas, claras e pretas. O período de desova ocorre uma vez por ano, e acontece em terreno arenoso e em barrancos de pouca inclinação, nas margens de lagos e no meio da vegetação. Alimenta-se de predominantemente de frutos e raízes. Principalmente em decorrência da apanha de ovos e de fêmeas reprodutoras, suspeita-se que no Brasil tenha havido um declínio populacional. Em sua área de distribuição, quando protegidas da predação humana, é abundante. A instalação de hidrelétricas nas bacias hidrográficas da Amazônia e Tocantins-Araguaia pode acarretar em declínio populacional futuro.

Muçuã (Kinosternon scorpioides)

O muçuã é um quelônio de pequeno porte, alcançando até 25 centímetros. Ocorre do México à América do Sul. No Brasil, ocorre na Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Minas Gerais. Preferem ambientes com bastante vegetação aquática, e na temporada seca se locomovem em terra firme em direção a ambientes úmidos. Podem se enterrar no barro até o período de chuvas. O período reprodutivo acontece uma vez por ano, com 01 a 03 ninhadas por estação reprodutiva. É uma espécie onívora, sua alimentação é a base de peixe, insetos, girinos e algas. Devora também toda matéria morta que encontra, auxiliando na limpeza da água de lagos e charcos. No Maranhão e Pará são intensamente utilizadas na alimentação humana.

Mata-matá (Chelus fimbriatus)

É encontrado ao longo das bacias Amazônica e do Orinoco. No Brasil, ocorre nos biomas Amazônia e Cerrado. O seu nome popular surgiu da semelhança dos nódulos presentes em sua carapaça com o cipó mata-matá. Ele impressiona com sua aparência pré-histórica, que lhe permite uma ótima camuflagem. A cabeça é marcante, triangular e extremamente achatada. É um quelônio totalmente carnívoro, prefere rios de água escura e pouca correnteza e lagos de água barrenta. Pode reter o ar por longos períodos de tempo. É um predador por emboscada, passa a maior parte do tempo enterrado na lama, onde se camufla e captura peixes, crustáceos e insetos aquáticos.

Perema (Rhinoclemmys punctularia)

Tartaruga que ocorre na Venezuela, Guianas, Trinidad e Tobago e no Brasil. No Brasil, ocorre nos estados do Pará, Amazonas, Maranhão, Roraima e Amapá. A espécie vive a maior parte do tempo em pântanos inundados, igarapés, brejos costeiros e fossas ao longo das rodovias. É encontrada em águas pretas, claras, brancas, bem como em pântanos e córregos poluídos das cidades. A perema vive, aproximadamente, 50 anos, e atinge, no máximo, 29 cm de comprimento. Uma fêmea pode ter duas ninhadas por ano, com um a quatro ovos por postura. Os ovos são depositados em depressões e posteriormente são cobertos com a matéria orgânica disponível no local. Alimenta-se de peixes pequenos, rãs e restos animais.