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Agência de Notícias

Sinergia na Amazônia

Cooperação e parceria bilaterais podem expandir as frentes científicas na região
publicado: 02/10/2013 12h15, última modificação: 15/08/2017 10h02

Agência Museu Goeldi, da Floresta Nacional de Caxiuanã - Conservação biológica, estudos de impacto ambiental, valoração de recursos naturais e dinâmicas socioambientais no contexto das mudanças climáticas são apenas algumas das áreas de convergência de interesses científicos de britânicos e brasileiros que participam de seminário de cooperação bilateral na Amazônia Oriental.

Da ecologia à transferência de tecnologias bem sucedidas e à inovação, um grupo de britânicos e brasileiros está em busca de laços de colaboração científica e na última segunda-feira, 30, cruzou as águas que separam Belém da Floresta Nacional de Caxiuanã nos municípios de Portel e Melgaço. Por 24 horas eles conhecem o que faz, a partir da Estação Científica Ferreira Penna, base de pesquisas da mais antiga instituição de pesquisas da Amazônia, o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) que, em 2013, completa 20 anos. A Estação é fruto de parceria entre o Brasil e o Reino Unido.

Com infraestrutura para receber pesquisadores de todas as áreas e de qualquer origem, a Estação Científica do Goeldi recebe desta vez biólogos, pesquisadores de clima, especialistas em processos de inovação e registro de patentes. Brasileiros e britâncos se reúnem para conhecer o potencial de pesquisa a ser desenvolvida em caráter mútuo.

Trabalhos na floresta - Ecólogo, o Dr. Leandro Ferreira do Museu apresentou na tarde desta terça-feira, 1º, o projeto de pesquisa ecológica de longa duração, que conta com 30 sítios de pesquisa no Brasil, quatro dos quais na Amazônia e um na Floresta de Caxiuanã sob coordenação do Museu Goeldi.

Ele falou na sequência das boas vindas e apresentação de Dra. Graça Ferraz, que apresentou a estrutura da Estação e as ações do Programa Floresta Modelo implementado em 1995. Educação é o foco do projeto que, inicialmente, também considerava ações de geração de renda e ecoturismo. Com o plano de manejo da Flona Caxiuanã aprovado no final do ano passado, as ideias iniciais têm passe livre e "voluntários de qualquer parte do mundo podem se inscrever e participar das ações do Programa Floresta Modelo de Caxiuanã, em parceria com as comunidades", convoca a Chefe da Estação Científica.

Do mangue para a floresta - Dr. David Roberts, da Queen´s University, em Belfast, conhece Bragança, município paraense da Amazônia Atlântica. Os esforços de cooperação já o levaram ali e agora o trazem a Caxiuanã. Roberts visitou Bragança graças a ex-alunos que, hoje, atuam como professores do Campus Bragança  da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele estuda moluscos de águas oceânicas, mas quer cooperar com colegas para estudar o mesmo grupo em águas doces da região norte do Brasil.

Esse é apenas um exemplo dos vários que o Seminário Biodiversidade, Inovação e Sustentabilidade pode gerar em mais três dias de trabalho.

Saiba mais.

Texto: Jimena Felipe Beltrão