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Agência de Notícias

Seminário integra experiências em restauração florestal

O público poderá conhecer pesquisas científicas, políticas públicas, investimento privado e ações comunitárias realizadas no âmbito da Aliança pela Restauração da Amazônia, da qual faz parte o Museu Goeldi. A programação será no Parque Zoobotânico, no próximo dia 31.
publicado: 30/10/2019 14h52, última modificação: 31/10/2019 09h46

Agência Museu Goeldi – O grave cenário de desmatamento na região mais biodiversa do planeta e de riqueza sociocultural inigualável tem intensificado discussões e experiências de manutenção e de restauração das florestas, na expectativa de promover o desenvolvimento local e o cumprimento de compromissos globais pela amenização da crise climática. Este é o caminho que tem trilhado a Aliança pela Restauração da Amazônia, responsável por realizar, no próximo dia 31 de outubro, no Parque Zoobotânico, em Belém (PA), o “Seminário sobre restauração de paisagens florestais na Amazônia”. O evento, gratuito e aberto ao público, antecede a reunião anual da Assembleia Geral da organização. O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) é uma das oito instituições de pesquisa que integram a aliança, junto com outras 29 organizações da sociedade civil, sete instituições governamentais e dezenove empresas.

Miguel Moraes, diretor sênior de Programas da Conservação Internacional e coordenador da Secretaria Executiva da Aliança, explica que este “será um momento oportuno para debater desafios e oportunidades para dar escala à restauração de paisagens florestais na Amazônia e fortalecer a Aliança como um fórum estratégico de debates para o desenvolvimento dos estados do bioma Amazônico”.

A palestra magna do seminário, intitulada “Restaurando as florestas e a paz social”, será proferida por Ima Vieira, pesquisadora e ex-diretora do MPEG, perita no Sínodo para a Amazônia 2019. Haverá dois grandes painéis em seguida: “Desafios para a conservação das florestas e para a restauração de paisagens” e “Estratégias para a construção de paisagens sustentáveis na Amazônia”. Organizações comunitárias expõem ao público algumas das experiências que têm desenvolvido para resgatar a vitalidade de ecossistemas degradados, algo muito frequente com as práticas ilegais tanto em ocupação territorial quanto em exploração de recursos naturais.

As carvoarias e a degradação florestal da Amazônia.jpg

Representante do Museu Goeldi na Aliança, a ecóloga Marlucia Martins alerta que há “municípios no Pará com menos de 1% de cobertura vegetal originária. De modo geral, na área de endemismo Belém, localizada entre o leste do Pará e o oeste do Maranhão, chegamos a um acúmulo de quase 90% de área desmatada”. Ela é uma das autoras do artigo “Corredor Etnoecológico da Amazônia Maranhense: conectando áreas protegidas do Mosaico Gurupi”, publicado, em 2018, na revista Estudos Avançados, da Universidade de São Paulo (USP).

O desafio dos membros da Aliança é integrar diferentes atores sociais para promover iniciativas de alcance em toda a cadeia da restauração, desde a coleta de sementes, passando pelo cultivo de mudas, manejo das áreas, monitoramento até o usufruto dos resultados. “O papel do Museu Goeldi e demais instituições de pesquisa é oferecer suporte técnico e intermediar o diálogo entre os diferentes atores sociais” envolvidos no uso dos serviços prestados pelo meio ambiente.

Na sexta (01), de 8h às 17h, representantes de todas as instituições que integram a Aliança pela Restauração da Amazônia realizam sua reunião anual, estando abertos a instituições e organizações interessadas em se filiar.

Sustentabilidade - A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período 2021-2030 como a Década da ONU sobre Restauração de Ecossistemas, o que tem sido considerado uma oportunidade singular para a criação de empregos, a segurança alimentar e o enfrentamento da mudança climática por meio dessa agenda. A Aliança, criada em 2017, defende o papel estratégico da restauração de paisagens florestais, aliada à manutenção da funcionalidade e produtividade dos ecossistemas naturais. Membros e grupos de trabalho da Aliança atuam para fornecer subsídios técnicos e articulações intersetoriais, no intuito de consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.

 

Serviço |

Seminário sobre Restauração de Paisagens Florestais na Amazônia

Data: 31 de outubro

Horário: 13h às 18h

Local: Auditório Alexandre Ferreira, Parque Zoobotânico - Av. Gov Magalhães Barata, 376 - São Brás, Belém – PA

Inscrição: limite de 100 vagas

 

Reunião Anual da Aliança pela Restauração na Amazônia

Data: 01 de novembro

Horário: 8h às 17h

 

 Programação

Dia 31

13h - Abertura e falas institucionais

Integrantes da Aliança pela Restauração na Amazônia e autoridades presentes

14h – 14h15 – Apresentação da Aliança pela Restauração na Amazônia

Miguel Moraes – Conservação Internacional Brasil

14h15 – 14h55 - Palestra Magna

Restaurando as florestas e a paz social – Ima Vieira (MPEG)

15h às 16h10 Painel 1: Desafios para a conservação das florestas e para a restauração de paisagens

Moderação: Danielle Celentano (Universidade Estadual do Maranhão)

Panelistas: Andréia Pinto (Imazon), Tulio Dias Brito (Agropalma), Renato Crouzeilles (IIS/Aliança pela Restauração na Amazônia) e Joice Ferreira (Embrapa Amazônia Oriental e Sobre Regional)

16h15 às 17h25 - Painel 2: Estratégias para a construção de paisagens sustentáveis na Amazônia

Moderação: Domingos Campos (Hydro)

Panelistas: Rodrigo Freire (TNC), Representante Ideflorbio, Marlisson Borges (Instituto Socioambiental) e Arlete Guajajara (Associação Indígena Comunitária Mainumy)

17h25 - 18h - Experiências comunitárias e seus legados para a restauração na Amazônia

Organizações comunitárias presentes

18h - 18h20 - Considerações finais e encerramento

Resumo dos principais pontos debatidos: Marcos Tito (Aliança pela Restauração na Amazônia)

18h20– 20h - Coquetel e apresentação de painéis com experiências de restauração