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Pesquisa aponta mudança no padrão de uso do solo no país
Agência Museu Goeldi – O artigo “Pervasive transition of the Brazilian land-use system”, publicado na edição de janeiro da revista Nature Climate Change, apresenta as conclusões com base em mais de cem pesquisas realizadas nos últimos vinte anos sobre o padrão de uso do solo no país. Segundo o estudo, a agropecuária brasileira tornou-se mais produtiva e reduziu as emissões de gases de efeito estufa. A pesquisadora do Museu Goeldi e coordenadora do INCT Biodiversidade e Uso da Terra, Ima Vieira, está entre os 16 autores do estudo.
Políticas públicas de conservação ambiental e o setor agropecuário cada vez mais voltado ao mercado externo são alguns dos fatores que contribuíram para a mudança. Porém, houve também impactos negativos: a concentração de terras e o êxodo rural aumentaram. Atualmente, apenas 15% da população brasileira vive na zona rural.
Na Amazônia, isto se deve ao impacto de ações de conservação capitaneadas pelo setor produtivo e de políticas públicas voltadas à preservação da floresta – como a criação de áreas protegidas, a intensificação da fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e da Polícia Federal e o corte de crédito para municípios campeões do desmate.
No artigo, os autores defendem o estabelecimento de um sistema inovador de uso do solo apropriado para regiões tropicais no Brasil. Para tanto, destacam a adoção de práticas de manejo, o fortalecimento do Código Florestal e a implementação de políticas públicas que favoreçam um modelo de agricultura mais eficiente e sustentavel.
Acesse a versão integral do artigo “Pervasive transition of the Brazilian land-use system” na Biblioteca do site do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia.
Texto: Luena Barros