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Agência de Notícias

Museu Goeldi realiza oficina de Gastronomia Inteligente

A atividade esclarece sobre o valor nutricional dos alimentos naturais e ensina o modo de preparo da multimistura
publicado: 30/05/2014 12h00, última modificação: 28/08/2017 16h06

Agência Museu Goeldi– Na Semana do Meio Ambiente deste ano, o público visitante do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi poderá participar da oficina de Gastronomia Inteligente, que traz esclarecimentos sobre o preparo de pratos naturais, além de levar arte, lazer e cultura à comunidade. A atividade será na tarde de 1º de junho, com degustação e ensino do preparo de alimentos.

O projeto Gastronomia Inteligente é um dos desdobramentos do programa “Museu Goeldi Leva Educação em Ciência à Comunidade” que, desde 1985, realiza ações e práticas comunitárias para melhorar a qualidade de vida de moradores de algumas comunidades da periferia da capital paraense, como a da Terra Firme. Coordenado pela agrônoma Vera Bastos, o projeto surgiu a partir da necessidade alimentar que a população do bairro da Terra Firme atendida pelo programa apontava. A partir desse levantamento, a saúde e o bem-estar no bairro foram trabalhados a partir da perspectiva de uma alimentação correta e da segurança alimentar.

O objetivo é educar e conscientizar sobre o preparo e consumo de uma alimentação saudável e sustentável por meio da adoção de hábitos simples como o reaproveitamento de alimentos da flora amazônica e o resgate da memória alimentar tradicional da região, ressaltando a relevância dos produtos naturais da terra tanto para a alimentação quanto para a medicina alternativa.

Multimistura – Com uma trajetória de quase 30 anos, o Gastronomia Inteligente compartilha com os sujeitos das comunidades os ensinamentos da pediatra e nutróloga Clara Takaki Brandão, criadora da multimistura, um concentrado nutricional feito, entre outros alimentos, de farelo de arroz e do pó de folhas de mandioca, girassol, linhaça, abóbora e casca de ovo. A multimistura fornece vitaminas e minerais essenciais para o crescimento infantil, prevenção da anemia, combate a desnutrição e  mortalidade infantil.

A produção de alimentos alternativos para complementar a nutrição infantil começou ainda na década de 1970 no município de Santarém, no Pará, quando a doutora Clara Brandão observou a carência nutricional das crianças do local e estudou possibilidades para melhorar a alimentação com a farinha composta de espécies vegetais dispostas na natureza da região.

Desdobramentos - Além de atuar na periferia de Belém, o projeto estendeu suas ações para municípios da Região Metropolitana e do interior do estado, como em Ananindeua, Bragança, Salvaterra e a Estação Científica Ferreira Penna em Caxiuanã.

Anualmente, o Museu Goeldi realiza o Festival de Gastronomia Inteligente, levando à comunidade informações sobre como ter qualidade de vida por meio da variedade de alimentos de baixo custo.

Texto: Mayara Maciel