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Agência de Notícias

Museu Goeldi oferece oficina de Língua Geral Amazônica

Programação pelo Mês dos Povos indígenas traz oficina de nheengatu, a Língua Geral Amazônica, e também mostra de cultura Kayapó e Feira de Artesanato no Parque Zoobotânico do Goeldi
publicado: 13/04/2016 15h00, última modificação: 20/02/2018 15h21

Agência Museu Goeldi - A vida nos povoados amazônicos nem sempre ecoou em português. Até por volta da metade do século XIX, a língua mais falada no atual estado do Pará e ao longo da bacia amazônica era o nheengatu. O idioma será tema de oficina realizada no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi na próxima quinta-feira (14).

Aberta a todos os interessados, a oficina “Nheengatu: não perca seu latim nem seu tupi” é parte da programação pelo Mês dos Povos Indígenas do Museu Goeldi. Ela será ministrada a partir das 9h30, por Antônio Maria de Souza Santos, antropólogo da Coordenação de Ciências Humanas da instituição.

No mesmo dia, o Parque do Goeldi recebe também a Mostra da Cultura Kayapó - com vídeos, danças, músicas, fotografias e pintura corporal –, às 10h. Já às 10h30, tem início a Feira de Artesanato, com a presença de artesãos de diferentes etnias indígenas.

A programação do Mês dos Povos Indígenas no Museu Goeldi começou no último dia 7 e segue nos próximos dias 14 e 20. Nos três dias, são aguardados representantes de etnias como a Kayapó, Aikanã, Kambeba e Munduruku, moradores da região metropolitana de Belém e outros pontos do estado do Pará.

Nheengatu – Também conhecida como Língua Geral Amazônica, o nheengatu surgiu da língua falada pelos índios Tupinambá nos atuais estados do Pará e Maranhão. Essa língua sofreu modificações por influência do idioma dos colonizadores, resultando em uma língua “misturada”, usada nas relações entre as diferentes nações indígenas e povos europeus e africanos que se estabeleceram na região.

O nheengatu não é mais tão difundido quanto no passado, mas ainda hoje é falado em regiões como o alto Rio Negro, no estado do Amazonas. Apesar do pequeno número de falantes, é crescente o interesse pela língua, tanto por especialistas e estudantes não-indígenas quanto por populações tradicionais que enxergam no nheengatu, outrora usado como instrumento de dominação, um importante elemento na recuperação de sua história e cultura.

Texto: Uriel Pinho

Fonte: “O retorno do nheengatu, língua geral amazônica”, de Júlio César Pedrosa


Serviço

Mês dos Povos Indígenas

 “Culturas indígenas na Amazônia: 150 anos de intercâmbio com o MPEG”

 

14/04 (quinta-feira)

Oficina: “Nheengatu: não perca seu latim nem seu tupi”

Hora: 9h30
Ministrante: Antônio Maria de Souza Santos
Local: Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, Parque Zoobotânico.

Mostra da Cultura Kayapó: vídeos, danças, músicas, fotografias e pintura corporal

Hora: 10h
Paulinho Payakan e representantes Kayapó
Local: Auditório Alexandre Rodrigues e Bambuzal, Parque Zoobotânico.

Feira de Artesanato

Hora: 10h30
Local: Bambuzal, Parque Zoobotânico. 

 

20/04 (quarta-feira)

Palestra: Experiência desde a aldeia Caripuna, até o Museu Goeldi.

Hora: 9h
Ministrante: Suzana Primo
Local: Auditório Paulo Cavalcante, Campus de Pesquisa.

Mostra da Cultura Kayapó: vídeos, danças, músicas, fotografias e pintura corporal

Hora: 10h
Paulinho Payakan e representantes Kayapó
Local: Auditório Paulo Cavalcante e Bosquinho, Campus de Pesquisa.

Feira de Artesanato

Hora: 10h30
Local: Bosquinho, Campus de Pesquisa.

Roda de conversa: 150 anos de interação

Hora: 14h
Mediação: Pesquisadores do Museu Goeldi e representantes de comunidades indígenas.
Local: Auditório Paulo Cavalcante, Campus de Pesquisa

 

Parque Zoobotânico do Museu Goeldi: Av. Magalhães Barata, 376, São Braz (entrada R$3,00, com meia entrada para estudantes e gratuidades para idosos e crianças).

Campus de Pesquisa: Av. Perimetral, 1901, Terra Firme.