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Agência de Notícias

Museu Goeldi adere à “Aliança pela Restauração na Amazônia”

Representantes da Conservação Internacional (CI) apresentaram a proposta da iniciativa que pretende estabelecer plataforma de colaboração entre diversos atores para a restauração das florestas da Amazônia.
publicado: 03/02/2017 17h45, última modificação: 19/02/2018 16h03

Agência Museu Goeldi - O diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr., recebeu na manhã desta quinta-feira (2) o Dr. Alberto Mesquita e a Dra. Karoline Marques, respectivamente, diretor de Estratégia Terrestre e gerente para Amazônia da organização não governamental Conservação Internacional (CI). O Museu Goeldi assinou nesse dia sua adesão à “Aliança pela Restauração na Amazônia – um pacto pela conservação na Amazônia Brasileira”, lançada em Belém. Participaram também da reunião as doutoras Ana Vilacy Galucio, coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação, e Ima Vieira, ecóloga e assessora científica, ambas do Museu Emílio Goeldi. Na ocasião foram discutidos possibilidades de atividades conjuntas.

Coordenadora de Pesquisa e Diretor do MPEG com Alberto Mesquita, da CIDurante a reunião de adesão, o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr., saudou a importância da iniciativa no campo da restauração florestal para o Pará e a Amazônia - o assunto vem sendo abordado em estudos e eventos promovidos pela instituição. Gabas Jr, também mencionou sua confiança de que esta será mais uma parceria com resultados de impacto para a ciência e a elaboração de políticas públicas de conservação e desenvolvimento sustentável.

As parcerias sólidas do Museu Goeldi e CI incluem o projeto Biota Pará - que gerou a Lista de Espécies Ameaçadas do Estado, o mapeamento dos remanescentes florestais do Centro Endemismo Belém, que apontou as áreas críticas para conservação e apoiou o Programa Estadual Extinção Zero -, e o Consórcio para Estudo das Unidades Estaduais de Conservação da Calha Norte do Amazonas no Pará. No campo da educação e comunicação, a parceria entre as duas instituições também foi responsável pela criação do Prêmio José Márcio Ayres para Jovens Naturalistas.

Ana Vilacy Galucio ressaltou que as atividades do Museu Goeldi, incluindo produção de conhecimento científico e formação de pessoal qualificado, dão suporte para ações em áreas críticas, como o Centro de Endemismo Belém (o mais populoso e alterado da Amazônia), onde atuam pesquisadores ligados ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade - PPBio Amazônia Oriental, coordenado pelo MPEG.

No campo específico da restauração, a ecóloga Ima Vieira, que coordenou o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, destacou os aprendizados do Museu Goeldi em grandes iniciativas como o Plano Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas, do Ministério do Meio Ambiente (2003); o Programa 1 bilhão de Árvores para a Amazônia, do Governo do Estado do Pará (2009) e mais recentemente o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, também do MMA (2016).

Outras iniciativas de destaque do Museu Goeldi na área de Restauração são os estudos do engenheiro florestal Rafael Salomão sobre recuperação de áreas impactadas por mineração e parcerias de pesquisa envolvendo o setor produtivo, como as expostas no “Workshop de Restauração Florestal, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade na Amazônia”, coordenado pela ecóloga Marlúcia Martins.

Parque Zoobotânico do MPEG: exemplo bem sucedido de restauração em ambiente urbanoO Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, localizado em um bairro central da cidade de Belém, também é considerado um exemplo bem sucedido de restauração florestal. Nos seus 5.4 ha encontram-se cerca de 2 mil plantas (incluindo 500 árvores), que abrigam, alimentam e dão conforto ambiental para mais de 1.700 animais. Grande parte da vegetação vem sendo plantada desde o final do século XIX e suas sementes já apoiaram a arborização da capital e o enriquecimento de hortos botânicos.

Aliança - 12 milhões de hectares de florestas. Quase 79 vezes o tamanho do município de São Paulo ou quase três vezes o tamanho da Suíça. Essa é a área de florestas que o Brasil se comprometeu a restaurar dentro dos próximos 13 anos, ao assinar o Acordo de Paris. No compromisso internacional, está expressa a preocupação com a perda de áreas florestadas, que levam consigo recursos dos quais dependemos para ter água, alimento e bem-estar.

A Amazônia é um dos biomas mais impactados no Brasil com a perda dessas áreas. Para atuar na promoção da restauração desses ecossistemas, surge a Aliança pela Restauração na Amazônia. A missão da Aliança é estabelecer uma plataforma de cooperação entre ONGs, empresas, instituições de ensino e pesquisa, governo e sociedade civil, a fim de somar forças para ampliar a restauração florestal na Amazônia Brasileira. Saiba mais clicando aqui.

Texto: Uriel Pinho e Joice Santos