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Agência de Notícias

Morre Erê, a ariranha macho do Museu Goeldi

Surpresa, a equipe do Parque Zoobotânico encontrou a ariranha morta na manhã desta quinta-feira. As causas da morte súbita serão esclarecidas após exames diversos. Erê faria nove anos no Parque Zoobotânico e talvez tenha deixado uma ninhada.
publicado: 29/06/2017 17h15, última modificação: 12/01/2018 16h33
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Imagem do Erê, espécie de Ariranha macho

Agência Museu Goeldi – Por quase nove anos, ele foi motivo de grande alegria no Museu Emílio Goeldi. Batizado de Erê, a ariranha macho estava entre os animais mais queridos dos visitantes do Parque Zoobotânico. Na manhã desta quinta-feira (29), o viveiro, que até então abrigava três espécies do mamífero, ficou mais silencioso e também mais triste: a equipe técnica do Museu encontrou Erê morto por volta de 9h30 da manhã.

A causa da morte súbita ainda é desconhecida, mas o corpo do animal já passou por necropsia. A partir do material coletado pelos veterinários, serão feitas as análises toxicológica e histopatológica, além de exame bacteriológico. O laudo deve ficar pronto em até 20 dias. Monitorada diariamente por veterinário, biólogos e tratadores, Erê gozava de bom estado nutricional e não registrou nenhum episódio de agressão com as duas fêmeas abrigadas no mesmo viveiro.

Erê estava há nove anos no Parque Zoobotânico e era um dos animais mais visitadosAcasalamento – Após dois anos de trabalho, a equipe veterinária do Museu Goeldi celebrou recentemente a conquista do início de um grupo social de ariranhas no Parque Zoobotânico. Esse longo processo exigia um monitoramento contínuo dos animais. Desde então, Erê, que vivia solitário, passou a conviver com duas ariranhas fêmeas, Castanha e Pupunha, resgatadas do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Além da convivência, o animal estava acasalando com uma delas. Portanto, espera-se que Pupunha esteja grávida, possibilitando a preservação da espécie. Saiba mais na matéria clicando aqui.

Ariranhas – De nome científico Pteronura brasiliensis, a ariranha é o maior carnívoro semiaquático da América do Sul, sendo a espécie de lontra com o maior risco de extinção do mundo. Possui hábitos essencialmente diurnos e vive nas margens de rios, onde se alimenta principalmente de peixes. Na Amazônia, a perda, descaracterização e fragmentação dos hábitats por atividades humanas a tornam vulnerável. Os filhotes, ao serem resgatados, são encaminhados a instituições zoológicas, que se encarregam de trata-las e garantir sua saúde.

O animal é o maior representante da família Mustelidae, chegando a medir até 1,80m quando adulto. Os machos maduros podem pesar 45 quilos, já as fêmeas, que são menores, pesam, em média, 25. Assista ao vídeo e saiba mais, é só clicar aqui.

São animais com o metabolismo acelerado, de pelagem curta, macia e escura com uma mancha clara na região do pescoço. Ao contrário do corpo, que é mais alongado, as patas são curtas e têm membranas interdigitais, que fazem deste animal um excelente nadador. Apesar de ter orelhas pequenas, as ariranhas possuem audição apurada.

Texto: Phillippe Sendas.