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Agência de Notícias

Inventariando a biodiversidade

Para conhecer mais sobre o ambiente natural da Amazônia, o Museu Paraense Emilio Goeldi treina recursos humanos jovens em Programa de Iniciação Científica
publicado: 20/06/2013 10h30, última modificação: 14/08/2017 08h35

Agência Museu Goeldi - Inventários são formas legítimas de conhecer um ecossistema. Para ambientes conservados, esse é um instrumento estratégico que promove a coleta, identificação, além da catalogação que permite o incremento e enriquecimento de coleções científicas.

Seja a partir do campo ou mesmo de um acervo especializado, é possível desenvolver pesquisas e formar recursos humanos para a Ciência. Esse é o caso de estudo de libélulas do grupo Odonata, de autoria do bolsista Kácio Barbosa, que trabalha supervisionado por Moacir Ribeiro e Cléverson Santos. Outro bolsista orientado pelos dois pesquisadores da Coordenação de Zoologia do Museu Goeldi, é Jorge Luiz da Silva Pereira, que estuda insetos aquáticos que compõem a Coleção Entomológica da instituição.
Os resultados das pesquisas serão apresentados durante o 21º Seminário de Iniciação Científica do Museu Goeldi.

A ferocidade de uma picada de mutuca em rebanho eqüino na região amazônica é um dos aspectos de estudo de autoria de Taís Ferreira e Ferreira, que pesquisa sob a orientação  do entomólogo, Inocêncio Gorayeb, do Museu Goeldi. 

Cada espécie de mutuca, da família Tabanidae, tem preferência por determinada parte do corpo do animal. Aspectos do ataque e da reação das vítimas são analisados de forma a estabelecer comparações de acordo com dez distintas espécies.

Formigas – Exemplares coletados e depositados em coleções é um dos resultados diretos de pesquisa de campo. Ana Harada, especialista em formigas e pesquisadora da Coordenação de Zoologia do Museu Goeldi, orienta dois trabalhos que levantam e catalogam formigas. 

Esses estudos podem subsidiar pesquisas e propostas de zoneamento, manejo e conservação de fauna na Amazônia.

Dos mais diversos grupos de insetos na natureza, as formigas são abundantes e apresentam alta diversidade de espécies. Para a especialista e a bolsista de iniciação científica Verônica Coutinho que recebe a sua orientação, “são necessários conhecimentos integrados de inventários e monitoramento”. O levantamento foi feito nas liteiras das várzeas do rio Madeira. É nas camadas superficiais de solo nas florestas que se encontram comunidades de formigas em abundância.

Para a catalogação, Ana Harada e o bolsista Leandro Quaresma dedicam-se à implementação e alimentação de um banco de dados com formigas do gênero Camponotus depositados na Coleção de Invertebrados do Museu Goeldi. Já são mais de mil itens catalogados, mas ainda é necessário ampliar o nível de identificação e informatização do acervo, o que já antecipa mais trabalho e a possibilidade de treinar outros jovens pesquisadores.

Serviço

O XXI Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Pibic/CNPq, acontece de 24 a 28 de junho de 2013, no Auditório Dr. Paulo Cavalcante, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, sito Avenida Perimetral, 1901 – Terra Firme. Solenidade de abertura às 15h.

 


Texto: Jimena Felipe Beltrão