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Agência de Notícias

Feira de Ciências de Caxiuanã integra pesquisadores e comunidade marajoara

A VII Feira de Ciências das Escolas da Flona de Caxiuanã apresentou projetos desenvolvidos por alunos de Portel e Melgaço para uma equipe de pesquisadores do Museu Goeldi e educadores voluntários.
publicado: 31/07/2018 15h59, última modificação: 31/07/2018 15h59

Agência Museu Goeldi – Integrada ao calendário escolar dos municípios de Melgaço e Portel, no Marajó (PA), a VII Feira de Ciências da Floresta Nacional de Caxiuanã reuniu 16 escolas e teve como eixo central os 25 anos da Estação Científica Ferreira Penna, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que ali desenvolve um extenso programa de educação.

Este ano, a feira contou com 15 projetos desenvolvidos por 11 escolas de Portel e 5 de Melgaço). Eles receberam em suas comunidades, no período de 25 de junho a 01 de julho, a equipe de avaliadores dos projetos estudantis.

Projeto Erosão desenvolvido pelos alunos da Escola Estefânia MonteiroO evento é organizado pela pedagoga Socorro Andrade, coordenadora do Programa de Educação da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn). A Estação, no arquipélago do Marajó, é uma das três bases do Museu Goeldi (MPEG) no Pará. A Feira conta com a parceria das prefeituras de ambas as cidades, especialmente por meio das secretarias de Educação, além do empenho de professores, pesquisadores e voluntários. Todos formaram uma ampla rede de colaboração para que fosse realizado este que já é um grande acontecimento para as comunidades participantes.

A cada edição, avaliadores dos projetos da Feira de Ciências constatam a qualidade dos trabalhos e a dedicação dos meninos e meninas de Caxiuanã, seja na apresentação dos projetos, na exibição de danças durante a noite cultural, nas brincadeiras e quadrilhas malucas.

Os projetos são apresentados de forma teórica e prática e estão sempre voltados às questões da sustentabilidade e preservação sócio-ambiental da Flona. Entre os temas deste ano estiveram: “Mandioca, a raiz do Pracupi”; “Roçado sustentável”; e “Energia renovável com foco na energia solar”.

O Programa de Educação da Estação Científica Ferreira Penna já apresentou resultados que vão além das fronteiras geográficas brasileiras. Um bom exemplo é dos estudantes Alan Barbosa e Adjane dos Santos. Durante a feira, eles falaram sobre o intercâmbio realizado no âmbito do projeto Lifelines que os levou até os Estados Unidos, onde visitaram museus, universidades e participaram de pesquisas escolares.

Ao todo, dez comunidades participaram da Feira de Ciências da Flona de Caxiuanã em 2018: Comunidade Anjo da Guarda; Comunidade Santo Amaro; Comunidade São Sebastião Furo do Castanhal; Comunidade Vila do Brabo; Comunidade São Sebastião Marinaú; Comunidade São Sebastião Tiago – Baixo Anapú; Comunidade Pracupijó; Comunidade do Lago do Camuim; Comunidade Pedreira e Comunidade São Sebastião Caxiuanã.

Veja a lista de projetos que foram apresentados na VII Feira de Ciências da Flona de Caxiuanã:

- Escola Anexo Chico Mendes, com o projeto “Roçado Sustentável”;

- Escola Anjo da Guarda, com o projeto “Mandioca, a raiz do Pracupi”;

Escola Chico Mendes, “Barranco e fauna acompanhante”;

- Escola Francisco das Chagas da Costa, “Plantas medicinais – resgatando valores e cultura da comunidade Lagos do Camuim”;

- Escola Irmã Estefânia Monteiro, “Erosão”;

- Escola Nossa Senhora da Conceição, “Timbó”;

- Escola Padre Antônio Vieira, “Castanha do Brasil e suas utilidades”;

- Escola Piedade, “Manejo do Açaí”;

- Escola Santo Antônio, “Cultivo consorciado de plantas frutíferas e não frutíferas”;

- Escola São Benedito, “Horta Escolar”;

- Escola São Sebastião Furo do Castanhal, “Energia renovável com foco na energia solar”;

- Escola São Sebastião Tiago, “Açaizais nativos no Baixo Rio Anapú”;

- Escola São Sebastião/Caxiuanã, “Roças a partir do reaproveitamento em áreas degradadas associado ao cultivo rotacionado com trioprodutividade (arroz, feijão e mandioca), na Flona de Caxiuanã”;

- Escola São Sebastião/Marinaú, “O uso de plantas medicinais nas comunidades ribeirinhas”;

- Escolas da Pedreira e Fazenda Laranjal, “Alimentos alternativos: em busca da melhoria da qualidade de vida da comunidade Pedreira”.

 

Texto: Lídia Cardoso.