Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Do que permanece da arte, da natureza e da memória
conteúdo

Agência de Notícias

Do que permanece da arte, da natureza e da memória

Exposição componente do 34º Arte Pará segue até dezembro no Museu Goeldi. Oficina especialmente pensada para a terceira idade promoveu reflexão sobre a memória, o esquecimento e a oralidade.
publicado: 26/11/2015 17h45, última modificação: 08/03/2018 12h11

Agência Museu Goeldi - Desde outubro até 6 de dezembro, o pavilhão de exposições Domingos Soares Ferreira Penna (a “Rocinha”) no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi recebe a exposição “Do que permanece”, componente da 34ª edição do salão Arte Pará.

A exposição apresenta obras de três artistas: Carlos Meló, Romy Pocztaruck e Yuri Firmeza, que refletem em fotos e vídeos sobre a natureza, a memória e a perda de memória.

Uma das atividades realizadas a partir da exposição foi a oficina “A oralidade: no princípio era o verbo- os fios da memória na voz do contador de histórias”, realizada pela Coordenação de Museologia e o Serviço de Educação do Museu Goeldi junto ao Movimento dos Contadores de História da Amazônia (Mocoham).

A oficina aconteceu nos dias 17 e 19 de novembro e teve a participação de idosos que freqüentam as atividades do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, do bairro do Guamá, do Centro de Referência de Atendimento Social (CRAS) do bairro da Cremação e do projeto Potencialização e Valorização do Saber do Idoso, do MPEG/Funpapa.

A oficina - De acordo com Lucia Santana, chefe do Serviço de Educação do Goeldi, a oficina foi pensada para exercitar as relações da oralidade e da memória com o museu: “o museu é um dispositivo da memória. Ele esta aqui para ativar imagens, objetos, o patrimônio imaterial e fazer com que as pessoas sejam conhecedoras, se apropriem e ressignifiquem isso na sua vida, para que a memória permaneça”, pondera.

Os participantes realizaram dinâmicas corporais, de uso da voz, rotas na exposição e rodas de conversas para ativar reflexões e debates sobre a idade, sobre o que realmente permanece na memória, sobre o esquecimento, e de que forma são representados.

Gisele Ribeiro, contadora de histórias do Mocoham, relata que os participantes são muito abertos: “Propomos ‘faça isso’ e eles fazem. Eles não se reprimem e trazem uma criança interior que quer ser o tempo todo lembrada. Fizemos um apelo pra que essa criança acordasse e eles atenderam e tem sido muito bom.”

Arte Pará 2015 – Em sua 34ª edição, o evento, promovido pela Fundação Rômulo Maiorana, traz 16 artistas e coletivos de todo o Brasil. Além do Museu Goeldi, estão no circuito de exposições o Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP), o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e o Museu de Artes Sacras.

A exposição “Do que Permanece” está aberta até o dia 6 de dezembro no Parque Zoobotânico (Av. Magalhães Barata, 376, Belém-PA) do Museu Goeldi. Visitação de quartas a domingos, de 9h às 15h, no pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna, a “Rocinha”. A entrada no Parque Zoobotânico custa R$2,00, com meia para estudantes e gratuidade para menores de 10 anos e maiores de 65.

Texto: Uriel Pinho