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Agência de Notícias

Começa a 23ª edição do Encontro Brasileiro de Ictiologia

Com uma programação bastante diversa e ampliando o debate sobre os estudos de peixes no Brasil, o evento iniciou no domingo (27) e segue até quinta-feira (31), no Hangar. A realização do encontro é resultado de parceria entre a Sociedade Brasileira de Ictiologia, Museu Goeldi, Universidade Federal do Pará e Universidade Federal Rural da Amazônia.
publicado: 28/01/2019 16h00, última modificação: 28/01/2019 17h23

Agência Museu Goeldi – A Amazônia abriga a mais rica e pouco conhecida fauna de peixes de água doce do mundo. Cientistas estimam que existam entre 1.500 e cinco mil espécies de peixes na região. A diversidade das espécies de peixes nessa e em outras regiões do país será um dos temas debatidos entre pesquisadores que participam do Encontro Brasileiro de Ictiologia, em Belém (PA). A vasta programação segue até quinta-feira (21) e inclui conferências, mesas redondas, simpósios, minicursos e apresentações de trabalhos científicos.

Resultado de parceria entre a Sociedade Brasileira de Ictiologia, Museu Paraense Emílio Goeldi, UFPA e UFRA, cerca de 1.300 pessoas participam dessa edição do evento, que tem como tema “Do rio ao mar” e é realizado pela terceira vez na região Norte. Desde as suas primeiras edições, pesquisadores do Museu Goeldi vêm atuando diretamente na organização do encontro, que também conta com ampla participação de seus alunos e orientandos.

“O peixe está presente no cotidiano de quase todo cidadão paraense, tendo uma enorme importância cultural, social e econômica. No estado do Pará, grande parte da dieta proteica advém do consumo do pescado, cujo consumo per capita é muitas vezes superior ao do resto do país e mesmo do mundo”, afirma Alberto Akama, pesquisador do Museu Goeldi que também integra a comissão científica do encontro. Segundo Akama, as hidrelétricas e a pesca predatória são as maiores ameaças para as espécies de peixes do Pará.

Programação – Além das conferências, comunicações orais e pôsteres, três simpósios serão coordenados por pesquisadores e colaboradores do Museu Goeldi: “Peixes continentais na foz amazônica”, com o pesquisador Ronaldo Barthem; “Participação e representatividade de mulheres na Ictiologia Brasileira”, com a pesquisadora Marina Mendonça; e “Conhecimento e conservação de peixes marinho-estuarinos da costa Norte do Brasil”, com o pesquisador Alexandre Marceniuk.

No total, mais de 900 trabalhos serão apresentados nesta edição do encontro. Os estudos são distribuídos em quatro grandes temas: Taxonomia, Filogenia e Evolução; Ecologia; Multidisciplinar; e Pesca e Aquicultura. É uma síntese da capacidade acadêmico-científica das instituições na produção de conhecimentos estratégicos para o uso sustentável e conservação de peixes e para a garantia do papel das espécies nos serviços ecossistêmicos, no consumo, na aquariofilia e na pesca reacreacional.

“A comissão organizadora do Encontro Brasileiro de Ictiologia, juntamente com os 200 convidados nacionais e internacionais, pretende promover um amplo debate sobre as diversas ameaças aos ecossistemas amazônicos e mundiais, denotando a preocupação da inter-relação do homem com a natureza, nas suas dimensões sociais, ecológicas, econômicas e culturais”, resume a presidente da comissão organizadora do evento e pesquisadora da Universidade Federal do Pará, Bianca Bentes.

A programação completa está disponível no site do evento.

 

Serviço | XXIII Encontro Brasileiro de Ictiologia

Data: 27 a 31 de janeiro de 2019.

Local: Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, Belém (PA).

Realização: Sociedade Brasileira de Ictiologia, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Pará e Universidade Federal Rural da Amazônia.

Para mais informações sobre a programação, acesse o site do evento.