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Boletim de Ciências Naturais no Portal do Museu

O periódico do Museu Paraense Emílio Goeldi apresenta um dossiê de Florestas Secundárias Tropicais
publicado: 15/02/2013 15h30, última modificação: 13/08/2017 07h38

Agência Museu Goeldi - Impactos ecológicos registrados em florestas tropicais, regeneração de florestas tropicais, alteração, degradação ou supressão da vegetação nativa. O dossiê “Florestas Secundárias Tropicais: ecologia e importância em paisagens antrópicas” é tema do volume 7 (Setembro/ Dezembro de 2012) do Boletim de Ciências Naturais do Museu Paraense Emílio Goeldi, já disponível no Portal do Museu. O trabalho é uma contribuição do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, sediado no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

dossiê, apresentado pela Dra. Ima Célia Guimarães Vieira, pesquisadora da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi e membro do Conselho Científico do Boletim; junto com Dr. Toby Alan Gardner, vinculado ao departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge e Editor Associado do Boletim, relata assuntos da atualidade nas florestas secundárias tropicais. “Considerado em conjunto, o dossiê traz uma síntese de muitos anos de pesquisa e experiência prática de pesquisadores que trabalham com florestas secundárias em diversos lugares do Brasil e em outros países”, sintetiza os pesquisadores.

Áreas abandonadas ou não produtivas, de colonização antiga, representam uma significativa cobertura de florestas como da Mata Atlântica ou, no caso do leste da Amazônia, regiões como a Zona Bragantina. “A primeira floresta a ser submetida à colonização portuguesa foi a Mata Atlântica, que há apenas 500 anos cobria uma extensão superior a 1,5 milhões de km2 – restam, hoje, menos de 175.000 km2. Por sua vez, as grandes aberturas na Amazônia aconteceram principalmente na última metade do século XIX, quando esta região passou a se constituir em uma fronteira de colonização agrícola, e as áreas de florestas de terra firme do leste do Pará passaram gradativamente a ser exploradas e alteradas”, ressalta Ima e Toby.


Nota de Pesquisa – “Enriquecimento de florestas secundárias como tecnologia de produção sustentável para a agricultura familiar”, de Silvio Brienza Junior, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Amazônia Oriental (Embrapa), enriquece a discussão quando relata a capacidade produtiva da agricultura tradicional. Essa análise observou o impacto da redução do tempo de pousio (descanso ou repouso proporcionado às terras cultiváveis). “O enriquecimento da vegetação de capoeira por meio do plantio de árvores leguminosas, e quando associado ao preparo de área sem queima, permite a realização de dois ciclos agrícolas sucessivos, desde que o plantio das culturas agrícolas seja acompanhado de adubação adequada, principalmente a fosfatada no primeiro ano”, explica Silvio.


Teses e dissertações - Dois trabalhos são apresentados neste volume. A dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), com o tema “Estimativas de biomassa e carbono e indicadores para restauração de florestas secundárias em Paragominas, Pará”, trabalho de Sâmia do Socorro Serra Nunes e a tese de doutorado “Respostas ecofisiológicas de espécies da sucessão secundária crescendo sobre pastagens abandonadas na Amazônia central”, de Carlos Eduardo Moura da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus (AM).


Boletim de Ciência Naturais – boletim do Museu é um dos periódicos científicos mais antigos do Brasil. Criado por Emílio Goeldi sob o nome original de Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, sua primeira edição data de 1894. Atualmente é publicado três vezes ao ano, em duas versões: Ciências Naturais e Ciências Humanas.


O Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi de Ciências Naturais (ISSN 1981-8114) possui, como principal missão, publicar trabalhos originais nas áreas de Biologia (Zoologia, Botânica, Biogeografia, Ecologia, Taxonomia, Anatomia, Biodiversidade, Vegetação, Conservação da Natureza) e Geologia.


Esta é uma revista de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou instituição.

Texto: Silvia de Souza Leão