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Arqueologia Histórica

Dois sítios arqueológicos são propriedades estudadas por bolsistas de iniciação científica do Museu Goeldi
publicado: 27/06/2013 14h15, última modificação: 14/08/2017 10h15

Agência Museu Goeldi – Relato de fontes orais aponta que o sítio “Salina dos Roque” foi um grande produtor de sal que chegou ao seu declínio por conta de embargo municipal. Também foi produtor de gado vacum no qual foi substituído pelo búfalo, oriundos do Marajó. Além disso, empréstimos bancários não liquidados e promessas não cumpridas também são relatos da história desse sítio que tinha sua história, até então desconhecida, e que agora vai sendo revelada.

Tudo isso por conta do trabalho de Danilo Gustavo Asp, estudante do curso de Licenciatura Plena, da Universidade Federal do Pará (UFPA – Campus de Bragança), orientado por Fernando Marques, arqueólogo do Museu, no qual busca desenhar a história desse cenário físico, onde os vestígios remanescentes da cultura material, como ruínas, poços, alicerces, tanques, cercas e outras estruturas, foram devidamente examinados com atenção e minúcia a fim de serem decifrados.

Região inóspita, afastada do núcleo urbano, de difíceis condições de sobrevivência, o trabalho também pretende compreender como habitavam e trabalhavam grupos humanos em meados do século XX nesse cenário histórico do sítio “Salina dos Roque”. Além de costumes do dia a dia, o bolsista investiga como se sobrevivia nesse local a partir de suas estratégias de subsistência e seus hábitos alimentares.

A partir de entrevistas e leituras, o que se sabe até agora é que aquilo que supostamente deveria trazer o avanço e o progresso, na verdade foi o que configurou uma das principais causas dos problemas que conduziram a plena decadência do empreendimento: a construção da PA 458, que liga Bragança e Ajuruteua, no nordeste paraense.

Musealização – Um subprojeto desenvolvido na área da arqueologia propõe pesquisas sobre o sítio de Engenho Colonial Murutucu. O estudo das potencialidades do sítio de Engenho Colonial Murutucu como uma área de musealização foi realizada pela bolsista Raiza Santos Gusmão, do curso de Museologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), orientada por Fernando Marques, do Museu Goeldi.

A pesquisa levou em consideração que o sítio é uma importante parte do passado da colonização da Amazônia, que subsidiou o sistema econômico e industrial da agroindústria canavieira (açúcar). A bolsista entende que uma proposta de musealização é uma maneira de solucionar o problema de socialização e preservação do sítio, pois envolve administração, salvaguarda, comunicação e divulgação do acervo e espaço físico do Engenho Murutucu.

Serviço

Outros trabalhos, com temas diversos das Ciências Humanas, como populações indígenas estão disponíveis no Portal do Museu Goeldi. O XXI Seminário do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq), ocorre até 28 de junho de 2013, no Auditório Dr. Paulo Cavalcante, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, Avenida Perimetral, 1901 – Terra Firme.

 


Texto: Silvia de Souza Leão